Um comentário anônimo publicado aqui no blog me chamou a
atenção ontem. Na matéria sobre a falta de planejamento por parte da PMU para o
trabalho de corte de terras, o anônimo disse: eu não voto mais não! Ele pediu
só uma chance.
A frase é emblemática. Ela reflete o sentimento de vários, de
muitos que votaram acreditando que teríamos um prefeito que honrasse o voto, já
que era o grande sonho dele administrar nosso município. Pediu, implorou por
uma chance e o povo deu. O povo foi generoso, se comoveu com tamanha vontade de
uma pessoa ser prefeito e promover a tão proclamada mudança. Foram votos de
pessoas que sempre estiveram ao lado do candidato Jairo, foram outros votos de
pessoas que resolveram dar pela primeira vez um voto ao candidato e foram
outros tantos que insatisfeitos com a ex-administração resolveram embarcar numa
nova realidade, mesmo que desconfiado do resultado, mas resolveram apostar.
A chance foi dada. O prefeito teve realizado o seu grande
sonho. Que pena que o sonho era só dele. Esqueceu de compartilhar as benesses
desse sonho com o povo. O que nos parece é que o prefeito queria ganhar, mas
não sabia que tinha que administrar. Esse tem sido seu pesadelo. Então, a
frase do anônimo é pertinente, tem sentido. O prefeito pediu, implorou, às
vezes até parecia chorar por essa chance. Infelizmente não soube aproveitar e o
povo de forma justa e coerente, vai procurar outro rumo.
A rejeição a essa administração não é fruto de lideranças,
ex-prefeitos, imprensa nem outro meio. A rejeição alimenta-se da péssima administração
dessa gestão, que tem em seu prefeito uma decepção em todos os setores. Essa mesma
rejeição desenvolve-se sem ter pai nem mãe. É algo natural, crescente, vindo
diretamente do povão. É o povão quem tá dando o seu recado e é esse mesmo povão
que já deu demonstrações de que não quer mais quatro anos de atraso. Não é
aquele discurso de só voto se for fulano, não voto em fulano, o discurso agora
é: só não voto no prefeito. Tá em todos os cantos do município. Tá na boca de
todas as categorias e classes sociais. Tá na boca do ex-bicudo, ex-eleitor, do
ex-junto e misturado, do bacurau, enfim, tá na boca do povo. Aí agora não adianta chorar
o leite derramado. Perdeu a chance! Xau.