Aula de democracia

As manifestações realizadas na última semana ficarão marcadas com um momento histórico, diferente na minha opinião, das marchas realizadas em 2013/14. Aquelas eram marchas idiotas e sem sentido. Um bando de Maria vai com as outras que não sabia nem o que tava fazendo nas ruas. 

Protestavam até contra o rebaixamento da Portuguesa, transformando em uma verdadeira baderna as ruas das principais cidades do País. Aí não dar!

Nos protestos recentes, os discursos estavam claros: o primeiro a favor do governo e segundo, contra. Os dois de maneira ordeira deram o seu recado nas ruas. É bem verdade que ambos com discursos paralelos que destoam com o pensamento da maioria, como por exemplo tentar colocar culpa na mídia pelo desgaste do governo e a intervenção militar pedido por uma minoria.

Incluo-me no grupo contrário ao governo. Defendo a manifestação, mas não defendo o impeachement. Presidente se tira e bota em quatro e quatro anos, nas urnas. Se a cada insatisfação resolvermos tirar um governante, isso aqui vai virar bagunça e iremos retornar aos tempos da ditadura. A manifestação de ontem serviu pra mostrar ao governo que não estamos satisfeito com ele e que a tendência é tirarmos o mesmo do poder na próxima eleição. Ou não, já que brasileiro tem memória curta.