O jornalista César Santos do Jornal De fato, publica hoje em sua coluna um importante artigo falando do grande potencial de geração de emprego que as barragens de Umarí e Santa Cruz possuem. Veja o artigo:
A construção das barragens de Santa Cruz, em Apodi, e de Umari, em Upanema, era o fim do sofrimento de milhares de trabalhadores rurais que necessitavam de água para a produção no campo. Na teoria, é exatamente isso. Na prática, não funcionou até aqui. Umari foi projetada para armazenar 300 milhões de metros cúbicos de água. Santa Cruz tem o dobro dessa capacidade. Para viabilizar o desenvolvimento no campo, era preciso apenas o investimento em projetos de irrigação. Coisa que não foi feita até aqui. Era preciso que a partir desses reservatórios fosse viabilizada a irrigação de 11.500 hectares de terras férteis. Somente na área do município de Upanema seriam 1.500 hectares. Na região da Chapada do Apodi, a barragem de Santa Cruz permitiria a irrigação de dez mil hectares de terra. Como a estimativa é de que cada hectare de terra irrigado garanta a oportunidade de trabalho para pelo menos cinco pessoas, estariam viabilizados cerca de 57 mil empregos. Seria o fim do desemprego no campo nessa região sofrida. Imagine a criação de 57 mil postos de emprego. Não se trata de exagero. O projeto inicial previa exatamente essa melhoria no campo, mas, com a mudança de governo, esse projeto foi interrompido. Não existe qualquer ação para viabilizar a produção nessa terra fértil. Pelo contrário. Os pequenos produtores rurais instalados em torno das barragens Santa Cruz e Umari continuam dependendo do assistencialismo do governo, tipo Bolsa-Família e outras esmolas do gênero, que chegam em maior volume neste período de campanha eleitoral. Esse assunto deveria se transformar em debate na presente disputa pelo Governo do Estado. Os candidatos têm obrigação de apresentar as suas propostas, para que, quando eleitos, serem cobrados até o cumprimento. Mas, infelizmente, a riqueza natural do Oeste, terra fértil e água farta, continuará pouco aproveitada, em detrimento de quem sonha viver no campo.
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