RADIO SABORES DA SERRA

24 de maio de 2011

Amanda Gurgel "esqueceu" de dizer algumas verdades

Anaximandro colece o retrovisor da Professora Amanda Gurgel.
Essa matéria vc encontra na coluna de Carlos Santos - Jornal de Fato.

Toda unanimidade é burra!
O Faustão fez a enquete, a professora Amanda Gurgel, a nova “heroína” da Educação, bombou: 98% dos entrevistados aprovaram o seu discurso em defesa do ensino público de qualidade. Ainda bem que não fechou os 100%. “Toda unanimidade é burra”, como asseverou Nelson Rodrigues. Realmente, é burrice seguir o impulso de alguma coisa – ou de momento – sem estabelecer o contraditório. É importante ter o discernimento do direito de questionar, de ter opinião. Mas, no caso da professora Amanda, questioná-la é quase uma prática suicida, ou, no mínimo, candidato a inimigo número 1 da nação anestesiada por um discurso politicamente correto. Quem teria a coragem, senão a própria Amanda, de dizer que ela “escondeu” um dos seus contracheques e apresentou o único de R$ 930,00 que ganha do Estado? O salário de R$ 1.217,00, como professora do Município de Natal, não foi revelado por ela, que preferiu reclamar – com razão – a migalha que recebe do Estado, ao invés de assumir o valor de sua renda mental: R$ 2.147,00. Muito pouco, porém, verdadeiro. Quem teria coragem, também, senão a própria Amanda, de questionar a ausência dela na sala de aula, há mais de um ano, devido a uma depressão, oficializada em atestado médico? Ninguém ousaria a fazer uma crítica, menor que fosse. A professora alcançou o degrau de cima, inatingível. Portanto, questioná-lo é quase um crime. Ainda bem que o ser humano é suscetível de aperfeiçoamento. Até a própria frase de Nelson Rodrigues tem a autoria questionada. Há quem advogue que ela foi dita por Rudolph Hess, quando Adolph Hitler se intitulou “Fuher” e todos concordaram. Realmente, toda unanimidade é burra.

5 comentários:

Sarah disse...

Anaximandro a professora pelo menos na Record fala sobre a depressão e o atestado médico e no discurso na assembleia ela se refere ao professor ter que trabalhar de manhã de tarde e a noite para multiplicar os 930,00. Obrigado

Profº Francisco Gondim disse...

Você só esqueceu que ela disse que o professor é obrigado a acumular jornada dupla, ou em alguns casos, tripla para poder sobreviver com sua família.

E olhe que isso é muito grave, uma vez que a atividade de professor não se limita àquela de sala de aula e uma pessoa com mais de um vínculo não tem como exercer o seu dever de forma satisfatória.

O trabalho do professor começa com o planejamento, continua na sala de aula e termina nas correções de atividades daquela aula e a análise para o replanejamento para sanar as deficiências de aprendizagens dos alunos.

Se você não sabe (mas penso que sabe) nas universidades e Institutos Federais os professores ganham bem mais do que a nossa dupla carga horária e, ainda, dão um terço da quantidade de aulas da nossa.

Por aí você pode começar a descobrir as razões da qualidade do ensino oferecido pelos IFRNs.

Josiel disse...

É salutar que o debate aconteça, seja ele feito em qualquer âmbito ou questão. Mas tentar desqualificar o discurso da professora argumentando que ela ganha como docente do município de Natal R$ 1.217,00, é no mínimo, portar-se contra a verdade e se declarar inimigo dos professores.
Ora meus amigos, a greve é estadual, a discussão era sobre a greve no Estado, então que contracheque ela iria expor? Além do mais, mesmo que o salário do professor do estado fosse R$ 1.217,00 ainda era pouco. Porque um especialista (de acordo com o plano de cargo) deveria ganhar muito mais do que o valor citado.
A denúncia de que a professora está fora de sala de aula é imediatamente esclarecida pelos próprios críticos quando diz que a mesma passou por problemas de saúde. Ou seja, crítica infundada.
Era bom que os críticos entendessem que o que está em jogo não é Amanda Gurgel, não é a vida particular da professora e sim uma verdade incontestável que ela anunciou, mas que todos os dias é falada nos intervalos das Escolas em todo o Brasil. Considero covardia vasculhar a vida particular da professora procurando defeitos como se ela fosse a partir de agora inimiga número um da nação.
Os professores querem apenas ser considerados e respeitados como profissionais dignos de receber um salário justo, aliás, é isso que acontece em qualquer país desenvolvido.
A verdade é que muitos torcem por uma educação de boa qualidade, mas sempre tem dor de cotovelo quando se fala em melhoria na remuneração do professor.

Jander Freire disse...

É, realmente é um suicídio questionar uma VERDADE tão clara, límpida e cristalina dita pela professora. E não precisa nem estar anestesiado não, ou será que um mar de milhões de pessoas que assistiram àquele vídeo estariam?

Não, definitivamente!

À propósito, os efeitos de uma anestesia geral se vêem claramente é na classe política, haja vista estar PARALISADA há décadas pela via endovenosa.

O que esse "jornalista" buscou ao escrever esse texto foi, ao ser uma voz dissonante, atrair os holofotes para si. Em suma, é só isso que se extrai dai.

No mais, buscar na vida particular da docente "desculpas", algo "incoberto" é coisa de gente sem futuro, sem vergonha, sem mais um bocado de coisa...

...Vão trabalhar!

Anônimo disse...

homem se cuida.