A governadora Wilma de Faria (PSB) perdeu a paciência com os repórteres de Mossoró que abordaram a polêmica construção do presídio federal, quando ela estava chegando para participar da abertura da 19.ª edição da Ficro, início da noite de ontem. Exigiu respeito, como forma de evitar o assunto.
Wilma iniciou a entrevista, falando de ações de governo que beneficiam Mossoró, citando que “estamos realizando obras estruturantes”. Citou a urbanização da Avenida Rio Branco, que é realizada pela Prefeitura em parceria com o Estado, e a recuperação de estradas como a RN-117 e a 405 (rodovia federal). Mas reagiu, revoltada, quanto foi instada a falar sobre o presídio.
“Governadora, a senhora considera o presídio federal uma obra estruturante?”, perguntou o jornalista Isaías de Oliveira, do Jornal de Negócio. “Você está querendo me agredir, respeite a governadora”, respondeu Wilma.
O repórter J. Nobre, da Rádio Difusora de Mossoró (1.170kHz), perguntou se a sugestão de colocar o nome Wilma de Faria no presídio seria uma homenagem. A governadora voltou a reagir. “Tem muitas obras importantes do meu governo em Mossoró que podem receber o meu nome. A família, os meus netos vão gostar”, disse, para em seguida emendar: “Eu não quero mais falar sobre esse assunto.”
SANGUESSUGAS – O envolvimento dos nomes dos ex-deputados Laíre Rosado e Múcio Sá (PSB) com a Máfia das Ambulâncias também foi abordado e, igualmente, tirou a tranqüilidade da governadora. O repórter Carlos Nascimento, da Rede Potiguar de Comunicação (RPC), perguntou se a presença de Laíre e Múcio no governo não atingia a sua imagem. “Eles pediram demissão. Esse assunto também está encerrado”.
Em seguida, Wilma passou a falar sobre a importância da Ficro. “Estou aqui para prestigiar as pessoas que geram emprego e renda; a Ficro é um evento importante para Mossoró e região.” Em seguida, assessores que acompanhavam a governadora deram a entrevista por encerrada.
(Matéria publicada no Jornal Defato 18/08/2006)
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