RADIO SABORES DA SERRA

2 de agosto de 2006

Líderes religiosos ou políticos?

Sempre procurei expressar meu pensamento a respeito da política e seus personagens. Sempre demonstrei minha discordância da orientação das igrejas de que: “evangélico vota em evangélico”. Sei que prometi não criticar mais os evangélicos. Sei também que tenho cumprido esta promessa até hoje. Não sei amanhã! Mas meu pensamento a respeito da relação política e evangélicos foi corroborado pelas informações que a imprensa tem divulgado nos últimos dias em virtude da máfia das sanguessugas.
Como já disse em outras oportunidades, sou completamente a favor que evangélicos disputem eleições. Como também sou favorável que qualquer integrante de outra religião também o faça. Agora, sou terminante contra que as igrejas (Leia-se os líderes) determinem ou orientem em quem o fiel deva votar. Acho que a orientação do voto somente em evangélicos é algo sem nenhum fundamento bíblico, portanto não deveria ser norteado pelas lideranças evangélicas. O que eu entendo, através dessa orientação é que o fato de ser evangélico credencia o candidato a ser um bom político. O que vemos, no entanto através das últimas listas divulgadas pela imprensa – sem provas conclusivas – torna público o envolvimento com a máfia das ambulâncias de dezenas de pastores-deputados.
Lembro que são somente indícios! Mas, o fato em si já repercute negativamente na imagem das igrejas evangélicas, pois vivemos numa sociedade “imediatista” e que condena mesmo sem provas. Se observarmos a lista, veremos que a maioria dos citados pertence ao PL, partido comandado pela Igreja Universal. Não tenho dúvidas que muitos dos evangélicos que votaram nesses parlamentares seguiram a orientação de votar em um evangélico. Tenho absoluta certeza também que muitos nem conhecem o motivo pelo qual líderes religiosos indicaram o nome desses senhores para os fiéis votarem. Hoje, quem paga são os fiéis que votaram através da orientação das igrejas.
Fica claro que somente o fato de ser evangélico não é sinal de político decente, honrado, sério, ético! Bispo Rodrigues que me desminta ou até mesmo o Garotinho. Aqui no estado vivenciamos recentemente uma das piores vergonhas para os evangélicos. Uma briga envolvendo o vice-governador Antônio Jácome e o deputado Joaci Pascoal. Pastores acusados de se beneficiarem através da nomeação de parentes e correligionários. Quem sofreu com isso foram os fiéis que pagaram o preço por terem votado segundo a orientação da igreja. Hoje vemos os dois personagens desse triste momento, pedindo votos aos mesmos evangélicos que um dia acreditaram na capacidade de representá-los de forma correta e honrada. Parece que esqueceram da situação humilhante em que deixaram os evangélicos do estado através de suas brigas pessoais. Isso já passou. O que importa agora é elegê-los, pois eles são evangélicos.
Até hoje não ficou claro o real objetivo dessa orientação da igreja. Aliás, ela da margem para que possamos imaginar muitos motivos. Continuo com meu pensamento contrário a que as igrejas - seja ela qual for - através de seus líderes religiosos (ou seriam líderes políticos?) interfiram na decisão democrática dos fiéis em detrimento de interesses no mínimo desconhecidos. Lembramos que cada povo tem os governantes que merece!

2 comentários:

Entretendo & Sinformando disse...

Achei tão interessante o seu blog
que invejei fazendo um também.

Entretendo & Sinformando disse...

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