RADIO SABORES DA SERRA

27 de outubro de 2006

Garibaldi foi melhor no "debate"

O último debate entre os candidatos ao Governo do Estado foi um verdadeiro festival de acusações. Propostas para o desenvolvimento do Estado foram deixadas em segundo plano. O eleitor que pensou que ia assistir a um debate de idéias e propostas ficou pasmado com a quantidade de denúncias envolvendo os governos de ambos os candidatos. O desrespeito ao telespectador ficou evidente em vários momentos. Isso com certeza é o reflexo do acirramento dessa campanha que estranhamente as pesquisas mostram como se já estivesse no papo da candidata Wilma de Faria. O eleitor Potiguar merecia mais equilíbrio e comprometimento de ambos os candidatos em apresentar propostas viáveis para a solução dos inúmeros problemas do nosso Estado. Eles perderam uma ótima chance pra isso.

O DEBATE
Meu pensamento a respeito de como deveria ter sido o debate vocês já ficaram sabendo. Agora vamos comentar os piores momentos de ontem. Vimos dois candidatos nervosos e apreensivos com as perguntas ou ataques que poderiam vir do seu adversário. No quesito nervosismo, a candidata Wilma ganhou disparada. Mais uma vez Wilma mostrou que não fica a vontade num debate. Em vários momentos ela se irritou com as provocações do seu adversário. No quesito ironia, o candidato Garibaldi foi bem melhor. Digo melhor, pois, a ironia em uma campanha e principalmente em um debate eleitoral é um recurso altamente favorável. Garibaldi se enrolou um pouco na hora em que foi perguntado sobre a barragem de Tabatinga. Wilma aproveitou para perguntar ao candidato se não sabia onde ficaria a barragem.
Dos cinco blocos do debate, a candidata Wilma de Faria falou no assunto Cosern em quatro. Foi um “encheção” de saco grande. Orientada pelo seu marketing para tentar evitar ao máximo responder perguntas sobre os pontos negativos de seu governo, Wilma exagerava no uso da Cosern como algo negativo para o RN. A assessoria de marketing de Garibaldi nesse debate foi muito superior ao da governadora. Apesar de se atrapalhar um pouco com os papéis, Garibaldi tinha muitas informações e números fornecidos por sua assessoria. Enquanto que a governadora só dizia que tinha feito, mas não apresentava números comprobatórios e comparativos. Outro ponto que o marketing de Garibaldi saiu-se melhor foi na insistência para que a candidata adversária respondesse as perguntas. A repetição nesse tema, serviu para anular a estratégia do marketing da candidata em não responder perguntas de temas negativos de seu governo como os escândalos do Foliaduto. Realmente Wilma não respondeu de forma clara a maioria dos questionamentos feitos pelo governador. Wilma também foi infeliz quando confundiu custeio da máquina pública com investimentos. Nos poucos momentos que os candidatos apresentaram propostas, os dois praticamente repetiram o que todo mundo já sabe. Vou melhorar a educação, vou melhorar o social, a saúde, a segurança etc. Isso todo sabia que eles iam dizer. Nas considerações finais Wilma teve a vantagem de falar por último e aproveitou muito bem esse momento. Saiu-se melhor que o adversário, pois Garibaldi se mostrou lento (característica da fala do mesmo) e não aproveitou bem o tempo determinado para as considerações finais.

Ficou mais do que claro que o grande vencedor do debate foi o candidato Garibaldi Alves Filho. O candidato teve mais segurança na apresentação de dados e números, coisa que a assessoria de Wilma não forneceu para a mesma. Tranqüilidade, algo fundamental em um debate. Clareza nas respostas e firmeza nas perguntas também foram pontos fortes para que Garibaldi vencesse o debate. Agora resta saber se em tão pouco tempo, o debate possa influenciar no pensamento do eleitor Potiguar. Essa resposta poderemos saber no próximo domingo.

Um comentário:

Entretendo & Sinformando disse...

Também acho que Garibaldi saiu-se melhor que a governadora Vilma no debate de ontem da Inter TV Cabugi. O melhor de Garibaldi significa o pior de Vilma em debates. Ele não tem a característica lulista de saber aproveitar os momentos fracos do adversário. Como exemplo, a segurança do Estado do RN. No momento em que a adversária falou em segurança, ele deveria ter recordado os momentos de fraqueza da polícia na morte do prefeito de Grossos, o helicóptero, etc.