Essa é uma das poucas vezes que estou dizendo isso de público, mas é preciso reconhecer que faltou humildade na nossa campanha", assim se expressou o senador Garibaldi Filho (PMDB) ao avaliar a primeira derrota na sua carreira política. "Eu havia vencido nove eleições, entre disputas majoritárias e proporcionais, e até achava que uma derrota iria doer mais, mas não doeu tanto não", justifica o senador com bom humor sobre o resultado negativo em 2006.
Ele avalia que na eleição deste ano, houve um certo comodismo dos aliados e das bases nos municípios: "nós tínhamos uma boa margem de liderança nas pesquisas, havia o comentário entre todos de que nós não perderíamos a eleição e isso levou a uma acomodação. Faltou humildade. A mim também faltou humildade".
Garibaldi também considera um erro a maneira como a sua campanha lidou com a denúncia sobre a privatização da Cosern.
"Erramos nisso também, faltou um melhor esclarecimento à população sobre este assunto. Nós poderíamos ter mostrado como a Cosern virou uma galinha dos ovos de ouro para o Estado, com o ICMS que paga hoje, mas não mostramos".
O senador reconhece também que a derrota de 2006 se deve a uma combinação de fatores, sendo que um dos principais foi o enfrentamento de uma máquina de governo que funcionou a todo vapor e foi decisiva no processo eleitoral. "Existiram outros fatores que se somaram, tivemos nossos erros também", justifica Garibaldi.
Comentando sobre o discurso de diplomação da governadora Wilma de Faria em que ela citou a existência de resmungões que não aceitam a perda do poder, Garibaldi disse que faltou elegância a Wilma. "Ela é uma mulher inteligente e podia ter tido a delicadeza para com os convidados que foram ali prestigiar a solenidade", afirmou o senador Garibaldi Filho.
(Entrevista concedida ao Jornal Correio da Tarde)
Nenhum comentário:
Postar um comentário