RADIO SABORES DA SERRA

13 de junho de 2007

Que reforma é essa?

Olha pessoal, está pra ser votado no plenário da Câmara, a tão importante e pouco divulgada reforma eleitoral. Dentre outras coisas, duas questões são polêmicas. A primeira é o financiamento público de campanha, que na minha imbecil opinião, deverá ser a legalização do caixa dois com dinheiro público. A outra que eu acho mais grave ainda, apesar da maioria dos cientistas políticos e talvez os políticos concordarem, diz respeito à lista fechada. Pouca gente entende o que será está lista. Vamos tentar explicar, mesmo não sendo expert no assunto e diante mão adiantando que também posso está errado. Pois bem. A lista, pelo meu conhecimento, favorecerá aos atuais políticos (caciques) que mandam e desmandam nos partidos do Brasil. Em vez de o eleitor votar no candidato, o eleitor terá que votar no partido. A direção dos partidos divulgará antecipadamente a ordem (seqüência) de candidatos que irá disputar a eleição. Um exemplo prático: O PMDB, depois de sua convenção escolheria quais seriam os candidatos a vereador para disputar a próxima eleição. Depois de escolhidos, determinaria quem seria o primeiro candidato da lista que se elegeria quando o partido atingisse o coeficiente de votos para eleger um vereador. Na última eleição o coeficiente ficou em torno de 800 votos. Portanto a cada 800 (na teoria) que o partido obtiver, ele terá direito a eleger um candidato, que obviamente será o primeiro da lista. Depois viria o segundo, o terceiro etc. Pelo que sabemos, não existe critérios para escolha dos candidatos e seqüência que os mesmos ocupariam a lista. Ou seja, ficaria a cargo dos dirigentes partidários.


Fica claro que o eleitor votaria no partido, e quem escolheria a seqüência seriam os dirigentes partidários. Quem tiver ace$$o com os dirigentes dos partidos ficaria entre os primeiros da lista. Os outros, com menos ace$$o, na rabeira e com menos chances de se eleger. Resumindo: isso só favorece a quem está no poder! Praticamente teremos as mesmas caras de sempre. Não é coincidência que os grandes caciques da política sejam favoráveis a essa mudança. Volto a repetir: talvez eu esteja errado, mas pelo que consegui compreender é assim que vai funcionar se essa mudança for aprovada.

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