Estruturar pólo turístico sustentável na área correspondente à caverna calcária do Poço Feio representa alento importante à economia e à consciência dix-septiense, em vista que se apresentam carentes de perspectivas mais otimistas com relação à melhoria da qualidade de vida da população e à preservação ambiental.
Pólo turístico sustentável é garantia de geração de emprego e renda e respeito à natureza, contrapondo-se ao irracional uso presente da área do Poço Feio, marcado pelo desgaste acentuado do meio ambiente natural graças, principalmente à forma como o turismo predatório tem, continuamente, se efetivado.
Infra-estutura e dedicação são exigências essenciais para a consolidação de empreendimento desse porte, sendo indispensável a participação da gestão pública para a concretização de sonhada sustentabilidade, articulando-se com setores privados que realmente possuam embasamento ideário calcado na defesa intransigente da natureza, não apenas busque maximização de lucros e minimização de custos.
A riqueza natural representada pela área do poço feio ainda não foi dimensionada, principalmente em razão que as perdas devido a não existência de racional indústria do turismo vem inibindo geração d renda, desperdiçada cotidianamente por não existir empreendimentos turísticos que primem pela sustentabilidade.
População bastante necessitada de estruturas que viabilizem a geração de emprego e renda, o povo dix-septiense viu e sentiu, dia após dia, era após era, importantes atividades econômicas serem fragmentadas, como o cultivo de alho e cebola e a extração de gesso. Elevar a economia, proporcionando o desenvolvimento regional, também se constitui em bases do desenvolvimento sustentável.
Postura absolutamente irracional é desprezar potenciais econômicos magníficos, sobretudo localizados no semi-árido nordestino onde os indicadores sócio-econômicos revelam-se extremamente incipientes e contrastantes. Aproveitar benesses naturais de forma sustentável para melhorar as condições de vida da população deve constar nas bases filosóficas de qualquer ação humana, principalmente em se tratando de áreas frágeis que revelam estupendas intervenções antrópicas, como a do Poço Feio, localizado na comunidade rural do sítio Bonito, município de Governador Dix-sept Rosado/RN.
Para que um pólo turístico sustentável obtenha sucesso e longeva existência, garantindo às gerações futuras seu usufruto, torna-se necessária vigília permanente, independente de qualquer posição político-partidária ou ideológica. O desenvolvimento sustentável deve ser independente de qualquer querela administrativa, pois é à natureza e à humanidade que estes possuem vínculos funcionais intrínsecos.
Transformar a área do Poço feio em pólo turístico sustentável seguramente é garantia de melhor relação do homem com a natureza, tendo em vista que os impactos ambientais tornam-se cada dia mais preocupantes, em razão do advento da pós-modernidade e suas máquinas fantásticas, frutos da incrível dinâmica do consórcio que a ciência vem efetivando com a técnica.
Rica em reservas calcárias, a área do Poço feio precisa urgentemente ser preservada, pois precisamos evitar incalculável desastre ambiental e cultural, pois, marca indelével da identidade dix-septiense, o Poço Feio deve ser visto como um dos mais belos patrimônios naturais do Estado do Rio Grande do Norte, do Nordeste, do Brasil e do mundo.
Posicionar-se favorável à vida e ao meio ambiente, tanto natural como artificial, é a única maneira de buscarmos construir um mundo melhor, com paz e harmonia do homem com as belezas que a natureza, criação Divina, nos presenteou e que precisamos conservá-las para nossos filhos, netos, bisnetos, trinetos, etc.
(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
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