Apenas o primeiro

A imprensa oficial do município publica hoje o “pedido pra sair” do secretário de saúde. Como esse órgão (Assessoria de Comunicação da PMU) não me mostrou as provas (imagens, fotos, matéria dos blogs locais) das três inaugurações do abatedouro, nas últimas gestões, me reservo ao direito de não acreditar no que foi afirmado como motivo para saída do secretário de saúde.  Prefiro acreditar que foi incompatibilidade de gênios e pressão. Prefiro acreditar no que víamos e ouvíamos todos os dias em nossa cidade.

A notícia da saída do secretário de Saúde representa apenas o começo de um processo de “reformulação forçada” que acontecerá na administração municipal.

Segundo apuramos, muitos dos secretários e cargos comissionados, principalmente os novos convertidos ao bicudismo, não foram colocados por gosto, capacidade e experiência, mas por questão política. Existem nomes na atual administração que não descem fácil na garganta de certos pilares da atual gestão. Esses, além de causar prejuízo ao povo, a imagem da atual administração também causa inveja em certas pessoas que não suportam que os novos convertidos ganhem mais ou ocupem espaços importantes na atual administração. Mas, politicamente era e é preciso engolir esse povo! Para não dizer que foram botados para fora, era e é preciso fazer com que a população pense que não estão fazendo um bom trabalho, boicotando certas ações, tomando pra si o filé e entregando o osso, dando de ração etc. No final, a tendência é que os mesmos peçam pra sair.

Existem também casos de incompetência e soberba. Aqueles que pensavam que ser secretário era só status. Que pensavam que teriam todo final de semana para ficar no bem bom. Que pensavam que só com um diploma e mandando uma meia dúzia fazer o trabalho duro seria elevado ao máximo no conceito de competência e capacidade. Que pensam que dinheiro é mais importante que tranqüilidade, privacidade, credibilidade e amizade. Aqueles que não aprenderam que é com humildade e suor que se conquista o reconhecimento de um trabalho.

Há também quem não está agüentando mais ficar onde não produz de acordo com sua capacidade, por estar em uma função errada. Há também o caso dos que como cururu, são chutados, enxotados, humilhados, mas não saem nem a pau. O final dessa história é que a saída do secretário de saúde foi apenas o começo de uma debandada que no final restará apenas os de sempre.