RADIO SABORES DA SERRA

15 de janeiro de 2007

Máfia dos remédios ataca no Rio Grande do Norte

Reportagem publicada na edição de hoje (15) do jornal Correio Braziliense revela que uma nova máfia, semelhante ao dos sanguessugas, se beneficiou de dinheiro público por meio de emendas parlamentares.
Segundo o repórter Lucio Vaz, durante seis anos a Fundação Aproniano Sá, pertencente à família do ex-deputado federal Múcio Sá (PTB), promoveu fraudes na distribuição de medicamentos em 66 municípios do Rio Grande do Norte, com recursos gerados por emendas de parlamentares ao Orçamento da União.
“A máfia dos remédios beneficiou e teve a colaboração de dezenas de prefeitos e ex-prefeitos, além de deputados federais e de um senador. A fundação repassou os medicamentos, num total de R$ 5 milhões, para 90 pequenas associações nos quatro cantos do estado”, aponta a reportagem. Um trabalho conjunto do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) e da Controladoria Geral da União (CGU) apurou e comprovou irregularidades em associações numa amostragem de 20 municípios.
“Os auditores apontaram fraudes grosseiras e problemas como falsificação de documentos, direcionamento de licitações, indícios de uso de notas frias, utilização de entidades fantasmas, de laranjas e falta de controle na compra e entrega dos medicamentos. A auditoria comprovou que grande parte dos remédios não foi distribuída”, relata o jornal.
De acordo com o jornalista Lucio Vaz, a fundação que liderou a máfia dos remédios tem o nome do avô de Múcio Sá e é presidida pela mulher do ex-deputado, Aldanisa Pereira de Sá. Múcio foi apontado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos sócios da Planam, como colaborador da máfia dos sanguessugas.

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