Clima quente hoje na Câmara de vereadores

Tinha tudo pra ser mais uma daquelas sessões chatas da Câmara de vereadores. Ingredientes não faltavam. Vereadores retornando de férias, novo presidente... Mas, o que se viu foi uma reunião movimentada e muitas vezes de clima quente. Primeiro foi o vereador Hermes Freire. Ele perguntou a ex-presidenta da casa, vereadora Maria José Bezerra, se a mesma tinha deixado alguma conta a ser paga da sua gestão e qual o valor da mesma? O vereador argumentou que se isso tiver acontecido é algo normal e, que ele estava apenas exercendo o papel de fiscalizador. Antes da resposta da ex-presidenta, o vereador pediu um aparte para dizer que discordava do colega Hermes quando ele diz que é algo normal. Valério destacou que a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite tal ato e, que isso configuraria em crime. A vereadora Maria José confirmou que havia deixado de pagar cerca de R$ 1.500,00. Maria José argumentou que o dinheiro tinha sido empenhado já na sua gestão, portanto, segundo ela, não teria nenhum problema. Maria José prosseguiu na resposta a o vereador Hermes, dizendo que não entendia essa pergunta, pois todos os meses era apresentada a prestações de conta da sua administração. Ela ainda ressaltou que sua administração foi elogiada principalmente pela reforma da estrutura física da Câmara, que proporcionou muito conforto para os que dela precisam. A vereadora finalizou dizendo que sabia que existiam conversas na cidade, onde pessoas estavam afirmando que houve “roubo” no período em que ela esteve a frente da casa. Maria José desafiou essas pessoas a provarem tais fatos e disse ainda que a partir de agora não vai permitir mais essas insinuações.

Hermes pediu a palavra e disse que não havia motivos para tanta preocupação. Ele argumentou mais uma vez que perguntar sobre algo relacionado ao dinheiro público era papel do vereador. Hermes ainda disse que não estava desconfiando da vereadora Maria José. Ele ressaltou que a vereadora fez uma excelente administração à frente da Câmara e, que ao fazer a pergunta, não estava insinuando ou suspeitando da colega. As explicações do vereador foram suficientes para acalmar os ânimos no início da sessão.