CAMPO GRANDE - A dona-de-casa Antônia Maria da Silva, 42 anos, foi assassinada a tiros, isto por volta de meia-noite de domingo. O principal acusado é o seu marido, o agiota Francisco de Assis Silva, vulgo ‘Chico de Bodinho’, 40. O casal residia no Sítio Veneza, localidade distante cerca de mil metros da zona urbana do município. Foragido desde o momento em que praticou o crime, ele, até o início da noite de ontem, era caçado pelo Grupo Tático de Combate (GTC) e de acordo com o tenente Lacerda, comandante do destacamento policial militar local, todos os procedimentos eram adotados para que ele pudesse ser capturado antes de se expirar o flagrante.
Em contato com a equipe de reportagem da GAZETA DO OESTE, o tenente Lacerda disse que um dos motivos do crime é o ciúme doentio que partia do acusado. Na noite de domingo, por volta das 23h, o casal foi visto circulando em alguns bares da cidade. A mulher foi morta às 24h. Alguns vizinhos, interrogados pela polícia, disseram ter escutado o estampido de três tiros. Dois deles alvejaram a vítima que foi a óbito no local.
Para fugir, ‘Chico de Bodinho’ usou um carro de sua propriedade e o abandonou a alguns quilômetros de distância de onde ele e a mulher residiam. Na caçada, a polícia encontrou, além do veículo, algumas peças de roupa e um chinelo do acusado. “Aqui a revolta por parte das pessoas é grande e a gente está recebendo muitas informações. Uma delas dá conta que ele está muito cansado e mendigando comida. Na noite de domingo, o proprietário de uma fazenda, sem saber do que tinha acontecido, ofereceu uma rede a ele para passar a noite, mas antes do dia amanhecer ele foi embora”, disse.
Morando juntos há cerca de cinco anos, depois que Antônia Maria abandonou o seu legítimo marido na cidade de Upanema e foi embora morar no Sítio Veneza, os dois, segundo informação da vizinhança, brigavam constantemente. “Eu mesmo a procurei no fim do ano passado, depois que fui informado de que ele a teria espancado e a convidei a prestar uma queixa na delegacia, pois ele seria processado com base na Lei Maria da Penha, mas a mulher não quis. Me disse que ele a ameaçava de morte caso fosse denunciado”, declarou a autoridade policial.
O cadáver de Antônia Maria foi necropsiado no Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) de Mossoró ainda ontem pela manhã e liberado para sepultamento em Upanema, onde residem seus familiares, inclusive filhos. O inquérito vai ser administrado pelo bacharel Normando Feitosa de Lira, delegado de Polícia Civil de Caraúbas. Por outro lado, o tenente Lacerda vem recebendo a ajuda de uma equipe de policiais do GTC na caçada ao fugitivo.
FONTE: Jornal Gazeta do Oeste
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