RADIO SABORES DA SERRA

30 de abril de 2007

Como Lula, governadores incham 1º escalão

Assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais da metade dos governadores ampliou o número de pastas no primeiro escalão em relação ao governo anterior ou ao primeiro mandato (no caso dos reeleitos). É o que indica levantamento do G1 após consulta aos governos dos 26 estados e do Distrito Federal.

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Enquanto Lula criou três novas pastas com status de ministério, ampliando para 37 o número de ministros no segundo mandato, 15 governadores seguiram o exemplo do presidente e incharam a estrutura de seus governos para acomodar aliados políticos.

Atualmente, Lula tem mais que o triplo de ministros do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que fez um corte radical quando assumiu a presidência em 1990. O governo de Collor, que sofreu impeachment em 1992, contava com apenas 12 pastas.

Últimos presidentes

Pastas com status

de ministério

(1º mandato)

Pastas com status

de ministério

(2º mandato)

Fernando Collor de Mello (1990-1992) 12
Itamar Franco (1992-1994) 22
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) 24 21
Luiz Inácio Lula da Silva (desde 2003) 34 37

Com a saída de Collor, Itamar Franco assumiu o cargo e aumentou para 22 o número de cargos com status de ministro. No primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso contava com 24 ministros, número que caiu para 21 no segundo mandato. O primeiro escalão de FHC no segundo mandato, porém, contava com 30 nomes - havia também nove secretarias.

Estados

Segundo informações das assessorias dos governos, o número de pastas com status de secretaria aumentou em 15 estados (em negrito na tabela abaixo).

Estado Governo atual Pastas Governo anterior (2003-2006) Pastas
AC Binho Marques (PT) 45 Jorge Viana (PT) (*)
AL Teotônio Vilela Filho (PSDB) 19 Ronaldo Lessa (PDT)/Luiz Abílio 46
AP Waldez Goés (PDT) 32 Waldez Goés (PDT) 31
AM Eduardo Braga (PMDB) 27 Eduardo Braga (PMDB) 27
BA Jaques Wagner (PT) 24 Paulo Souto (PFL) 18
CE Cid Gomes (PSB) 21 Lúcio Alcântara (PSDB) 26
DF José Roberto Arruda (DEM) 16 Joaquim Roriz (PMDB)/Maria Abadia (PSDB) 36
ES Paulo Hartung (PMDB) 29 Paulo Hartung (PMDB) 27
GO Alcides Rodrigues (PP) 34 Marconi Perillo(PSDB)/Alcides Rodrigues (PP) 34
MA Jackson Lago (PDT) 33 José Reinaldo Tavares (PSB) 53
MT Blairo Maggi (PR) 22 Blairo Maggi (PPS) 21
MS André Puccinelli (PMDB) 11 Zeca do PT (PT) 15
MG Aécio Neves (PSDB) 19 Aécio Neves (PSDB) 17
PA Ana Júlia Carepa (PT) 25 Simão Jatene (PSDB) 18
PB Cássio Cunha Lima (PSDB) 17 Cássio Cunha Lima (PSDB) 19
PR Roberto Requião (PMDB) 30 Roberto Requião (PMDB) 29
PE Eduardo Campos (PSB) 27 Jarbas Vasconcelos (PMDB)/Mendonça Filho (PFL) 18
PI Wellington Dias (PT) 21 Wellington Dias (PT) 16
RJ Sérgio Cabral (PMDB) 19 Rosinha Matheus (PMDB) 31
RN Wilma de Faria (PSB) 23 Wilma de Faria (PSB) 21
RS Yeda Crusius (PSDB) 22 Germano Rigotto (PMDB) 21
RO Ivo Cassol (PPS) 8 Ivo Cassol (PPS) 7
RR Ottomar Pinto (PSDB) 16 Flamarion Portela(PSL)/Ottomar Pinto (PSDB) 16
SC Luiz Henrique da Silveira (PMDB) 53 Luiz Henrique da Silveira (PMDB) 47
SP José Serra (PSDB) 25 Geraldo Alckmin (PSDB)/Cláudio Lembo (PFL) 23
SE Marcelo Déda (PT) 25 João Alves Filho (PFL) 29
TO Marcelo Miranda (PMDB) 25 Marcelo Miranda (PMDB) 24

(*) não informou

Os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), do Pará, Ana Júlia (PT), do Piauí, Wellington Dias (PT), e de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), foram os que mais incharam a estrutura de seus governos em relação ao governo anterior.

Em Pernambuco, Eduardo Campos criou nove secretarias especiais. Na Bahia, Jaques Wagner ampliou em seis o número de pastas, uma a menos que Ana Júlia no Pará. Luiz Henrique anunciou a criação de mais seis secretarias regionais em Santa Catarina. Wellington Dias criou cinco no Piauí.


Nos demais, a ampliação de secretarias ou pastas com status de secretarias foi pequena. No Espírito Santo (29), Minas Gerais (19), Rio Grande do Norte (23) e São Paulo (25), há dois secretários a mais. No Amapá (32), Mato Grosso (22), Paraná (30), Rio Grande do Sul (22), Rondônia (8) e Tocantins (25), a reforma gerou uma pasta a mais.

FONTE: Portal G1

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