Existe uma ferramenta que estudamos na administração chamada benchmarking.
Sem uma tradução específica para o Português, o benchmarking pode ser definido como um processo que tem o objetivo de avaliar os métodos de trabalho no mercado. Os resultados da observação deste processo proporcionam as empresas compararem os seus produtos, serviços e métodos de trabalho com os das organizações representantes das melhores práticas. Resumindo: Copiar as melhores práticas (ações, atitudes, projetos etc) desenvolvidas por outras organizações, implantá-las em sua empresa e melhorar essas mesmas práticas. Esse processo pode ser (e deve ser) usado, por todos que integram a sociedade, como por exemplo, escolas, secretarias, prefeituras, empresas etc.
Nesse post que publicamos agora, mostraremos vários exemplos que podem ser seguidos e melhorados na educação (estadual/municipal) do nosso município.
Ps.: Pelo menos estou fazendo alguma coisa para mudar a situação.
Redução para menos da metade das taxas de reprovação e para quase zero de abandono escolar. Gestão eficaz do dinheiro destinado à Educação. Mais de 90% das crianças alfabetizadas ao final da primeira série, com idade escolar de 7 anos. Ausência de filas na época da matrícula.
Resultados assim são de causar inveja a quaisquer escolas ou cidades do Brasil. Para chegar a eles não foi suficiente apenas o esforço de dez municípios recentemente premiados pelo Ministério da Educação. Eles se destacaram por buscar soluções criativas e implantar projetos inovadores. Agora, estão colhendo os frutos de suas iniciativas.
O “Prêmio Inovação em Gestão Educacional” foi entregue pelo MEC no dia 13 de dezembro de 2006 a dez municípios escolhidos entre 260 projetos inscritos. O objetivo da premiação é incentivar o desenvolvimento de experiências inovadoras em gestão educacional municipal.
Iniciativa da Secretaria de Educação Básica e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ambos do MEC, o prêmio conta com o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Unidme) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Diagnóstico e busca de soluções
Os projetos das secretarias municipais partiram sempre do diagnóstico de um problema real, seja na gestão da educação seja nos resultados obtidos com o processo de ensino.
A secretária de Igrejinha, cidade do Rio Grande do Sul, conta que nunca havia ocupado cargo político, antes de assumir a atual posição em 2005. Precisava de ferramentas que orientassem seu trabalho e por isso criou a Avaliação Institucional. A partir da aplicação de questionários em todos os níveis hierárquicos da estrutura de Educação municipal, além de pais e alunos, são levantados indicadores de satisfação que podem orientar o trabalho de gestão.
De modo semelhante, o município de Ponta Grossa, no Paraná, desenvolveu o projeto “Desatando Nós” com o objetivo de mudar as práticas gerenciais, a partir de planejamento estratégico e metas a serem alcançadas. E em Amparo, Estado de São Paulo, o obstáculo era a falta de comunicação e de entrosamento entre o órgão público e os profissionais da rede. Para enfrentar o problema, criou-se o Fórum de Gestão Participativa, formado por representantes de cada unidade escolar.
Duas das metas mais ambiciosas entre as cidades vencedoras do “Prêmio Inovação em Gestão Educacional” do MEC são as dos municípios de São Mateus, Espírito Santo, e Sobral, Ceará. No primeiro caso, a regularização em 85%, até o ano de 2008, do fluxo educacional dos jovens de 5.ª a 8.ª série; no segundo, a garantia de alfabetização das crianças no tempo adequado. Até agora, pelo que atestou a avaliação do MEC, esses dois programas têm sido bem sucedidos.
No caso de Rio Branco, capital do Acre, a necessidade de universalizar as matrículas da rede pública foi a motivação para a implantação de um projeto de reestruturação e reordenamento das vagas oferecidas, que já conseguiu eliminar as filas na época da matrícula.
Algumas cidades se voltaram para os problemas externos às escolas, mas nem por isso menos importantes para garantir Educação de qualidade para as crianças e jovens do município. É o caso de Curvelândia, no Mato Grosso. Diante de um quadro de carência de atividades para crianças e jovens, muitos deles fora da escola e já envolvido com o trabalho nos canaviais, a prefeitura passou a oferecer oficinas (de esportes, música, artes etc). E em Três Passos, cidade do Rio Grande do Sul, a solução dos problemas da Educação passava pela revalorização da agricultura local como fonte de renda para as famílias.
Reconhecendo os limites da escola para solucionar os problemas que dificultam ou impedem o aprendizado, a cidade Joinville, em Santa Catarina, desenvolveu o Nape: Núcleo de Apoio Pedagógico. Trata-se de um centro especializado e multidisciplinar que atua nas áreas de psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, audiologia (audiometria para todos os alunos da rede municipal de ensino), pedagogia (psicopedagogia), educação física (psicomotricidade).
E mesmo dentro da escola, muitas vezes não basta investir na formação do professor. Foi o que descobriu a cidade de São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul. Por isso, a Secretaria Municipal investiu em um programa de formação continuada que envolve todos os profissionais que de alguma forma têm contato com o aluno.
As experiências premiadas já fazem parte do recém criado Laboratório de Experiências Inovadoras, que pretende divulgar as boas práticas em gestão educacional. O Laboratório pretende que os projetos sirvam de exemplo e incentivem novas iniciativas criativas. O site www.inep.gov.br/laboratorio deve reunir essas experiências, começando pelos municípios premiados em dezembro.
A seguir, clique para conhecer cidades vencedoras e seus projetos inovadores:
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