Produção de tilápia vira novo filão no RN

A produção de peixes da espécie tilápia, através de um projeto feito pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), está ampliando a renda das famílias que moram em 22 Projetos de Assentamento (PA) do Rio Grande do Norte. Em um dos assentamentos, através da produção consorciada, a expectativa de arrecadação anual é de R$ 28 mil: cerca de R$ 1,5 mil para cada família. Os assentamentos com tanques de tilápia ficam localizados no Litoral Nordeste do estado -região do Mato Grande que abriga 35 municípios - e na região Oeste.

No assentamento Rosário, conhecido como Agrovila Canudos, no município de Ceará-Mirim, 19 famílias participam da produção consorciada de tilápias. A assentada Livânia Frizon, que mora há seis anos no PA, calcula que a média anual da renda de seu lote chegue a R$ 1,5 mil. O valor está acima da média da região e é alcançado graças à produção compartilhada de frutas, legumes e peixes. ‘‘O peixe vai nos dar uma renda mensal de pelo menos R$ 460. A produção de frutas e legumes também será ampliada até o final do ano. A soma de todas essas nossas produções é que permite um ganho mensal acima de R$ 1 mil até o fim do ano’’, conta a assentada.

O projeto de criação de tilápias no Rio Grande do Norte é financiado pelo Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Os recursos são utilizados para a construção dos tanques. O investimento para a construção dos 50 viveiros, por exemplo, ficou em R$ 1,1 milhão, sendo R$ 7 mil destinados a cada família. Anualmente, elas têm acesso, ainda, a outros R$ 3,5 mil para a manutenção e a alimentação dos peixes.

Seguindo os projetos das lideranças, cada viveiro do Rosário será despescado duas vezes por ano. Cada uma dessas retiradas de peixes rende em média de 1,3 mil quilos. A renda das famílias será ampliada com o cultivo de mandioca e subprodutos, como a farinha, frutas e legumes, e criação de caprinos.

Fonte: Diário de Natal