RADIO SABORES DA SERRA

9 de abril de 2007

Pastor diz que religião e política nao combinam

Já era fã do Pastor Silas Malafaia... Depois da entrevista dele, ontem no Canal Livre (Band), fiquei mais ainda. Ele disse com todas as letras, ser contrário à igreja tentar misturar religião e política. Ou seja, tomar partido por determinados candidatos em época de eleição. Ele foi mais longe ainda, dizendo que tivemos grandes exemplos de que isso não deu certo no passado.

Parece que por essas bandas, a maioria dos evangélicos não concorda com ele não.

Tô com ele e não abro!

15 comentários:

Anônimo disse...

Também concordo. Na minha opinião o pastor está certíssimo. A igreja tem um papel importante na politização do cidadão, porém, sem declinar por nomes ou cores e sim por idéias. Até porque, com a cultura política do nosso povo, só se dá bem, na maioria dos casos, quem não tem vergonha, é mentiroso, enrrolão, hipócrita e essas são qualidades indesejáveis na personalidade de um servo de Deus.Sem falar que no ambiente que se respira política,infelizmente, reside a inveja, a covardia, a maldade e muito mais. Seria muito bom se os políticos que tem uma vida religiosa atuante, em vez de compactuar com o tradicional, tentasse ser diferente(honesto, verdadeiro,etc.)para q tenhamos no amanhã políticos dignos de lá estar e a sociedade poder usufruir dos seus direitos constiucionais.

Anônimo disse...

Outro motivo forte prá igreja não se envolver com política é o fato de que a maioria dos seguidores são alienados e incapazes de avaliar outras candidaturas, ou seja, colocando-se um religioso prá ser candidato(a), todos os fiéis votam nele sem saber se estão votando em alguém realmente sério e comprometido com uma sociedade justa, até por imposição da igreja.

Rob.

Frederico Evandro disse...

Caro Anax, esse tema parece ser muito rico de debate, e quando você encontrar um "crente" na rua, realmente vai ter muito o que ouvir... pra apimentar isso tudo vou deixar aqui algumas considerações também...

Frederico Evandro disse...

O Texto abaixo foi escrito a algum tempo como resultado da conversa com um aluno que queria me converter e me salvar do mármore do inferno, depois de uma aula no Calazans em que eu falava da criação do universo, ele argumentava que a igreja dele ganhava cada vez mais espaço na política local e nacional e que isso seria muito bom para o para os “irmão”...

RELIGIÃO E POLÍTICA: Finalidade desviada pelo Poder

Os grandes conflitos e revoluções do mundo foram movidos em nome de ideais de ordem política ou religiosa. Depois de ultrapassada a lei do mais forte (fisicamente falando), lá nos primórdios, a liderança de um povo foi atribuída, por séculos, àqueles supostamente dotados de poderes divinos, muitos dos quais foram considerados os próprios deuses de seus povos.
Como se vê, a religião atuou sempre como uma forma de controle social, estipulando regras baseadas em uma crença divida, cuja veracidade era impossível de ser provada, sem garantias concretas. Tudo exclusivamente fundamentado na fé.
Note-se que a fé, que nada mais é do que a confiança que se tem em algo ou alguém, era um instrumento poderoso nas mãos dos mais espertos. Ora, prescindia-se de explicações e de satisfações, governava-se da forma que bem entendesse, pois era a "vontade dos deuses" e esta deveria ser indiscutivelmente obedecida.
Neste prumo, a criação do Estado (ente para o qual o povo transfere grande parte de sua liberdade em troca da prestação de elementos mínimos para a concretização do bem-comum) esteve diretamente ligada à Igreja. Na verdade, a política e a religião nasceram juntas e, assim, permaneceram durante todo o desenrolar da história.
O Estado Político atuava em nome da Igreja que, supostamente, atuava em nome da Vontade de Deus que, por sua vez, teoricamente atuava em nome do Povo. Caminho longo, né? Mais do que longo, cômodo.
De lá para cá, pouca coisa mudou. Até mesmo quando a soberania deixou de ser atribuída aos deuses na maior parte do mundo, com o surgimento da chamada Democracia ("vontade do povo"), a religião continua a ser usada como pretexto para golpes políticos, guerras, terrorismos, leviandades.
O fato é que a autoridade e a soberania, seja disfarçada por pseudo-divindades ou eleita pelo povo, seduz de tal forma que leva as pessoas a praticar verdadeiros absurdos contra a humanidade. O poder corrompe e, não raro, leva à insanidade.
A Guerra do Iraque, os constantes conflitos no Oriente Médio, bem como os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e 11 de março de 2004 em Madrid, nada mais são do que exemplos claros da uma luta sangrenta e cruel pelo poder.
E não me venham como essa de ideais democráticos e humanos ou de vontade divina. Esses são tão-somente pretextos, infelizmente aceitos por grande parte de um povo cego pela fé e pela crença em seus representantes, que em nada os representam. Representam eles mesmos e as suas ganâncias.
Para Bush (que cita o nome de Deus em seus discursos) não basta governar o país mais economicamente poderoso do mundo, ele quer um império absoluto, tal como quiseram outros no passado, como Mussolini e Hitler (cada qual com suas crenças), provocando necessariamente massacre, sofrimento, injustiça e revolta.
Os participantes do atual espetáculo de terror podem até ser a Al-Qaeda, ETA, George W. Bush, Saddam Hussein, entre tantos outros... mas o fato é que a história se repete, só que agora numa dimensão imensamente maior, cuja proporção ainda não pode ser mensurada, sabendo-se que está apenas (re)começando.
Minha religião? Fazer o bem.... e só.

Frederico Evandro disse...

É realmente muito complicada essa questão, mas pra falar do envolvimento dos “crentes” de Upanema com a política local não da pra fazer paralelo, pois aqui temos uma situação peculiar. Os alienados e tapados “irmão” desprovidos de um juízo de valor próprio simplesmente seguem a opinião de alguns Engravatados da igreja e fazem o que eles mandam, ou “pedem”, pra usar uma linguagem mais simpática. E isso reflete uma realidade cada vez mais comum no país, desde a aliança do PT com o PL da (Igreja Universal) para a eleição de 2002, a coisa foi ficando cada vez mais complicada, principalmente pelo espaço que esses “representantes do senhor” tem conquistado... e pra falar disso vai um texto logo em seguida que tava aqui no PC pronto, fruto das observações da política nacional.

Frederico Evandro disse...

Religião e política nunca deram uma mistura homogênea. As duas entidades associadas, não favorecem o bom comportamento coletivo e o nem o bom uso do poder para a maioria. Pois a religião alimenta-se do fervor, da apaixonada fé no sobrenatural, da crença em dogmas imutáveis e da obediência a hierarquias que não decorrem da soberania popular. Essa obediência irracional sempre foi combustível do fanatismo, e disso a História está recheada de exemplos trágicos, que vêm desde as guerras religiosas que dilaceraram a Europa, até os atualíssimos conflitos da Irlanda do Norte, os feitos do Talibã afegão e dos aiatolás iranianos. E ao contrário dos procedimentos irracionais da fé alienada, a política democrática deve ser pautada no exercício da razão, no respeito à divergência, na tolerância entre as diferenças, e numa fraternidade geralmente inconciliável com as paixões religiosas.
Atualmente fico assustado pelo fato de o Partido dos Trabalhadores fazer aliança com a Igreja Universal do Reino de Deus, por via do braço político do Partido Liberal. A questão agita e divide o alto comando daquele partido, mas havendo a explícita vontade de Lula pela concretização da aliança, que segundo ele foi indispensável para evitar uma quarta derrota na eleição de 2002. E, de outra parte, há rejeição de muitos setores do partido, mas como a maioria desses opositores foi expulsos, e com a reeleição de Lula, parece que estamos em maus caminhos... Principalmente os que não pretendem atrelar-se a uma confissão religiosa de idoneidade controvertida, nem favorecer a expansão do “ópio do povo” (pra usar o vocabulário comunista clássico quando se referem à religião).
Agora, virou moda os partidos terem tendência socializante, especialmente o PT, que gozam dos favores da chamada “Igreja progressista”. Quem está alcançando cada vez maiores fatias de apoio entre a população pobre são os “evangélicos” de variadas tendências, cultores de uma comunicação direta e contundente com o misticismo e a desinformação. Basta uma sumária olhada pelos subúrbios para verificar-se a extraordinária proliferação das mais variadas igrejas, algumas eficientíssimas na caça ao dízimo, e por isso ostentando força e prosperidade em grandes casas de oração sempre lotadas de fiéis.
Do patrocínio do dízimo desses fiéis alienados, têm nascido inesperadas vocações políticas, – pastores que se transformam em vereadores e deputados (como é comum aqui em Upanema), amparados em fartas votações. Não consta que o fenômeno já tenha sido estudado em profundidade, mas a verdade é que a eficiência eleitoral dessas igrejas é algo surpreendente, embora elas não proponham nenhum objetivo político definido. Certo é que o tempo presente se caracteriza por misticismo desenfreado. Acredita-se em tudo que cheire a mistério e irracionalidade. Prosperam as ciências ocultas, a astrologia, o esoterismo. Ressuscitaram até o demônio e os exorcismos.
Em contraste, os partidos políticos estão em baixa e em crise. Perderam a sedução que alguma vez tiveram, confundiram suas bandeiras, não possuem líderes carismáticos nem ideológicos capazes de traçar caminhos e atrair seguidores. De um modo geral, todos perderam a virgindade, e o PT foi descabaçado de vez agora, quando da aliança com o PMDB, comprometidos pela demagogia, pelas promessas descumpridas, pelo clientelismo vulgar, pelo mau uso dos recursos públicos, pelo eventual recurso à contravenção e aos contraventores. O desencanto popular tornou-se maiúsculo, e se o voto não fosse obrigatório, abstenções maciças poderiam desprestigiar inteiramente o processo eleitoral.
Não é de admirar, portanto, que se inicie agora um intenso apelo às muletas do misticismo e da religião, por parte de todos os partidos. Assim como o PT pode ir ao aprisco da Igreja Universal, não faltará quem bata os tambores do batuque, e os marqueteiros do PFL talvez nos coloquem Zé Agripino em terreiros de macumba e com baralhos de tarô na propaganda eleitoral gratuita de 2010...

Anônimo disse...

Bom texto do Evandro.
Essas expressivas votações de candidatos evangélicos só confirmam uma característica inerente a esses religiosos: A alienação! Quem não já assistiu em alguma rede de tv aberta um pastor convidando um fiel prá falar sobre algum milagre tipo ser cego e começar a vê, ser aleijado e começar a andar, tá doente de câncer e se curar sem nenhuma quimioterapia, ... o ponto alto do charlatanismo é quando uma fiel diz que está com uma dor de cabeça e o pastor a chama passa a mão em sua cabeça acompanhada de uma oração e lá se foi a dorzinha! Puxa, se isso for verdade, a medicina e os seus medicamentos estão com os seus dias contados! Enquanto isso, podemos observar algumas mulas arrecadando dinheiro no meio daquela turba sem nenhuma vergonha.

Robert

Anônimo disse...

bom anax concordo plenamente co voce mas nao e contra a igreja,mas sim quem faz parte nao concordo com politica e religiao .porque o crente ele e luz ele quem tem que dar bom testemunho,e o ser humano e muito falho quando pega em poder esqueçe ate de deus...

Mané Bola disse...

Li atentamente todos os textos e gostaria de dar minha opinião também.
A questão religiosa é muito complicada realmente, e quando misturada com política, aí piora a situação. Observando num âmbito geral podemos perceber que essa mistura não tem dado certo, pois em nome de Deus temos visto pessoas fazerem verdadeiros massacres a humanidade, corrupções (venda e compra de votos), entre outros. No caso de corrupções percebemos com tristeza que está generalizado, pois o simples fato de colocar um gato na rede de energia ou água, se caracteriza em corrupção e isso muitas vezes não percebido por quem faz.
O nosso povo precisa reconquistar seus valores, prestigiar aquelas mínimas coisas que estão sendo deixadas para trás, um bom dia, um muito obrigado, devolver o dinheiro quando recebeu o troco errado e assim por diante. Voltando ao tema, também não concordo com essa mistura de política e religião. Quando eu tiver mais um pouco de tempo irei deixar um texto sobre o assunto.

Mané Bola disse...

Sim!!!!!
Quase esqueci.
Frederico, assim num vale cara, vc deixou agora bem claro sua identidade, ahahahahahahah
Agora perdeu a graça, não descobri quem não quizer.

Anônimo disse...

De uma coisa eu sei. sou protestante e não votei em nenhum dos candidatos da igreja local e digo mais. com que cara josiel, se ainda for candidato, e agnaldo pediram o voto aos crentes dizendo que são os candidatos da igreja se na eleição passada a igreja tinha um candidato a Dep. Federal e um a Dep. Estadual e não tiveram o apoio dos vereadores citados. Jácome ainda foi apoiado por Josiel e Agnaldo que nãp votou em nenhum. O candidato a Federal era Joaci Pascoal.

Anônimo disse...

Hummmmmmmm, boa pista p se chegar à identidade do mistérioso Frederico Evandro.....
Prof do Calazans,não é protestante, dando aulas sobre a criação do universo...... Bom saber!!!!!!

Mané Bola disse...

Eu não entendo como vocês não descobriram ainda. Ele agora disse tudo,deixou bastante claro sua identidade.
Frederico por mim fique tranquilo.

Osama disse...

Ótimos textos realmente, Anax parece que o que é de gente inteligente resolveu comentar essa postagem, muito bom. Mas mané bola, não se engane não com esse frederico evandro, o kra é esperto mesmo, ele pode tá só despistando a atenção da gente como fez de outras vezes quando disse que era mulher, q fazia o ensino medio, q deixou parecer trabalhar na area da agricultura, etc. o kra é muito esperto, e tenho certeza que vcs estejam no caminho errado pra descobrir a identidade dele, e contamos q com isso frederico evandro se sinta mais a vontade de comentar por aqui, pq td mundo adora os comentarios dele

Anônimo disse...

Mentira!!!!!!!!!!!!!!Ele naum falou nisso naum. Assista de novo, ele disse ser contra o Pastor dizer que apóia determinado candidato. Aumente porém naum invente essa tamanha mentira. Naum falou nada de mistura de religião com Política.