RADIO SABORES DA SERRA

6 de outubro de 2010

OPINIÃO: A eleição para deputado federal


Para deputado federal, a grande disputa estava anunciada. Em virtude da diminuição de candidatos e da homogeneidade dos votos vindos de outras campanhas, era grande a expectativa.
A surpresa negativa para mim foi a votação da deputada Fátima Bezerra em Upanema. Fátima tem trabalho em nossa cidade e merecia mais votos. Não sei o que houve dentro da campanha do PT no município para que a deputada tivesse uma votação de apenas 273 votos. As más línguas dizem que não passa disso a votação do PT de Upanema e que sempre superestimam os votos do partido em nosso município. Para tomar por base, na campanha de 2006 a deputada teve 334 votos. Tirem suas conclusões. 
Adenúbio Melo foi a aposta do grupo de Carlinhos Garcia, irmão do vereador Nonato Garcia. Se Nonato e Carlinhos deram 876 votos a Jácome, faltou cerca de 200 para Adenúbio, que tirou 651. A explicação desses 200 votos pode estar na migração para João Maia, candidato apoiado por Nonato. Portanto, a capacidade de transferência de votos de Nonato para João Maia pode ser discutível. Ou seja, Nonato só deu 225 votos a João Maia?
O favoritismo era todo pra o candidato João Maia. Que contava com o apoio de Luis Jairo, Nonato Garcia, Gineton Costa e Adelcina Barbosa. Em 2006 o candidato apoiado por Luis Jairo e Valério Augusto foi Betinho Rosado. Ele obteve 1.558 votos em Upanema. A expectativa para esse ano, em virtude dos apoios, do inve$timento e da propaganda de que João era o pai da BR, a maioria esperava o primeiro lugar disparado nas urnas. Engano. Os apoios não apoiaram, o inve$timento não chegou ao povo e a propaganda soou como enganosa, já que a BR continua com sempre esteve. Resultado: terceiro lugar nas urnas, com 1.421 votos.
Não esperada também foi a votação da candidata Sandra Rosado. A casa dos dois mil votos era o esperado, pois conversei com fontes de dentro da campanha da deputada aqui em Upanema e eles afirmavam isso. E era até compreensível, devido ao grande número de lideranças apoiando a deputada, como Anísio Jr., Céliton Luiz, Shirley Costa, Neném do Cabano, Elzimar Carvalho, entre outros. O trabalho em prol da deputada foi intenso desde os primeiros dias da campanha. Da articulação em torno das lideranças, do inve$timento, da propaganda e estrutura até a visita casa/casa foi feito de forma mais aguda que os demais candidatos. Os 1.709 votos não foram suficientes para alcançar o primeiro lugar e o pior para ALGUNS integrantes do grupo, foi ver que Henrique superou a candidata, já que o objetivo maior era derrubar o candidato da prefeita.
A grande surpresa para muitos, foi a grande votação de Henrique, candidato apoiado por Maristela, Dárcio, Monthalgan e o VOTO de Jorge Luiz. Era a grande incógnita saber se em menos de dois anos de mandato, com um racha no grupo e uma cirurgia na reta final da campanha, o candidato da prefeita conseguiria sair-se bem nas urnas. Os números deram a resposta em alto e bom som. A prefeita já dispõe de musculatura eleitoral suficiente para se impor na política local. Os 1.788 votos dados ao deputado Henrique são indiscutivelmente força da prefeita.

Um comentário:

Anônimo disse...

NA MINHA OPINIÃO BONS COMENTÁRIOS SEM PAIXÃO. AGORA NA ANÁLISE PRA ESTADUAL QUANDO O DA PREFEITA PERDE PRA O CANDIDATO DR. LEONARDO, VOCÊ DIZ NO FINAL O SEGUINTE:
"A pulverização dos votos para deputado estadual mostrou que houve igualdade de forças entre as correntes da situação e decréscimo de votos na oposição".
PORQUE VOCÊ NÃO USOU A MESMA TEORIA QUANDO O CANDIDATO DE CELHINHO PERDE PRA HENRIQUE ALVES NA DISPUTA FEDERAL? DOIS PESOS DUAS MEDIDAS.