OPINIÃO: quem bate esquece, quem apanha lembra

O primeiro assunto que me vem a mente é a desculpa esfarrapada de dona derrotada Wilma, sobre a humilhante ruína de sua candidatura e de seu pupilo Baraberê. Veja o que ela disse ao blog de Thaisa Galvão:

"As pesquisas sempre apontavam uma diferença de votos, de mim para o segundo colocado, de 20 pontos. Agora no final da campanha, o Ibope deu 23% de maioria de Agripino sobre mim, quando a maioria foi de apenas 10%", disse Wilma, afirmando que as pesqiisas, para o Senado, foram manipuladas. Para Wilma, a legislação eleitoral deverá ser alterada.

Nossa amiga sem mandato deve tá sob o efeito de esquecimentite. Esqueceu ela que as pesquisas foram uma das principais fontes para que ela chegasse ao poder em 2006? Ela só pode ta brincando! Em 2006, ela dizia que tal dia ela estaria com 30% e quando chegava o dia, tinha sempre um instituto de pesquisa confirmando. Foi assim a campanha todinha. Se ela esqueceu, eu não esqueci não. A campanha de 2006 me ensinou muito e me fez repensar algumas afirmações sobre pesquisa eleitoral. Tanto é que não dei uma linha sobre pesquisa eleitoral neste blog, na campanha deste ano, mesmo todas sendo favorável a minha candidata. Não publiquei, nem publico, pelo simples fato de entender que o problema não está nos números, mas sim na divulgação. A forma como nós, jornalistas, divulgamos os números influencia o eleitor para uma coisa que pode ser mentirosa. Essa é uma crítica que faço a nós mesmos.

Apesar de dona derrotada Wilma não ter moral pra falar de pesquisas, ela tem razão. Meus amigos, a maioria dos institutos de pesquisa dava algo entorno de 55% de votos para Garibaldi. Chegaram até a 60% e findaram entorno de 50%. As urnas mostraram que ele só teve 35%. É uma diferença absurda de votos, como disse dona sem mandato Wilma. É nada mais, nada menos que 450 mil votos que sumiram. É de lascar qualquer um.