Que é isso companheiros?

Tenho observado que alguns pensam que o que escrevo a respeito dos absurdos do governo Lula é em virtude da minha preferência partidária.

Primeiro, quero reforçar que não sou filiado a nenhum partido – também não sou contra quem é. Já disseram aqui e em outros meios de comunicação que eu sou do PSDB, PMDB, PFL etc. Todos erraram.

Segundo, para reforçar mais ainda a minha completa aversão por paixões partidárias, não tenho nenhuma preocupação em revelar em quem votei nas últimas eleições. Já votei em Fernando Henrique, Lula (se não sabiam, fiquem sabendo) Cristóvam Buarque e, por último, votei nulo (isso da um bom debate).

Pois bem, o que quero dizer, é que não sou radical. Também não sou dono da verdade. Devo ser um péssimo exemplo pra os que defendem a fidelidade partidária. Mas eu não sou candidato a nada? Porque eu vou ser fiel a partidos? Só defendo o que eu penso! E o que eu penso muda a todo instante!

Escolhi esses candidatos, pois achei os melhores no momento. Quando não enxerguei nenhum bom, votei nulo. Já fui muito criticado por ter tomado essa atitude. A grande maioria me olha como um analfabeto político, em certos momentos com desprezo por ter tomado essa atitude. Mas, não fiz nada que não fosse parte integrante das regras do jogo. Enquanto isso, a maioria me acusa de ter deixado os outros escolherem por mim... Que eu devia ter escolhido o menos ruim etc. É claro que eu deixei que os outros escolhessem por mim. Eles escolheram o que eu achei ser o pior pro Brasil. Ou seja: Lula ou Alckmim. Tanto faz. No que diz respeito à afirmação de que eu tinha que escolher o menos ruim... Sinceramente, não compactuo em nada com esse pensamento. Eu escolho o que eu acho melhor!

Mas isso não é um desabafo. É apenas a expressão do que eu acho. O radicalismo leva a uma natural cegueira mental que impede que enxerguemos o que achamos errado. Não sou radicalmente contra o governo Lula. Sou contra algumas ações do presidente, do PT e seu governo. Isso não significa dizer que ele seja pior – na minha concepção – que o governo Fernando Henrique. Mas, não significa também que ele atenda as minhas expectativas como cidadão.

Respeito quem pensa o contrário. Isso é a democracia que eu tanto defendo e que parece tão esquecida pelos companheiros. E viva a democracia!